Agora há
pouco, chegando em casa, encontrei uma pessoa que era muito próxima a mim, e,
do nada, parou de olhar na minha cara. Passei do lado dela e fiz de conta que
nem a vi. E ela falou assim, “oi, né, Deí”?! Ela me ignorou por mais de 5
anos. Deve ter se arrependido, ou sei lá. Não devo nada pra ela e não era eu
que tinha que dar alguma explicação. Mesmo assim, tive a humildade de responder
o oi a ela.
Sou um cara
bom, mas, pra quem é bom pra mim. Meus amigos de verdade não tem o que se
queixar de mim. Mas, depois da primeira pisada no calo, aí, muita coisa muda.
Ultimamente eu tenho perdido muitos amigos e até me afastado de parentes por causa
das faltas de humildade e consideração deles. Tipo, eu faço questão de
cumprimentar na rua cada um dos que eu conheço. Mas, muitos que já frequentaram
a minha casa (e foram muito bem recebidos) não tiveram essa mesma humildade, às
vezes por estarem com alguém que não gostasse de mim ou sem motivo aparente. Isso
me fez acreditar que amigo de meu inimigo não é meu amigo nem aqui, nem na
China, por vários problemas que já tive com eles. Mas, depois da 3ª
disfarçada para não me cumprimentar, aí sou eu que nem olho mais na cara. Se
disfarçou pra não me cumprimentar, é porque não gosta de mim. Não vejo sentido
em sustentar uma amizade falsa. Comigo, não tem essa de “em cima do muro”. Ou é meu amigo, ou é meu inimigo, ou não é nada.
Não precisa frequentar a minha casa ou ter um relacionamento diário comigo para
me chamar de amigo. Às vezes, uma conversa dentro de um estabelecimento
comercial que você tenha com alguém já aproxima as pessoas; e aí, inicia-se uma
amizade em atividade ou não. Não custa nada dar um oi ou, pelo menos balançar a
cabeça pra pessoa, numa passagem rápida na rua, pra mostrar que você não
esqueceu dela. Um dia um pode precisar
do outro. Mas, depois que esta pessoa começa a te ignorar, como se não te
conhecesse, pelo menos pra mim, é porque não existe mais amizade.
Já disseram
que sou chato, sistemático, rancoroso, vingativo... Posso até ser tudo isso o que me
chamam. Só não sou otário.