segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Porque vou anular me voto

Vendo os candidates Dilma e Serra (ambos são ateus) apostando em todos os lados (igrejas católicas, evangélicas, centros de umbanda e afins), me fez lembrar de um candidato que conheci na década de 90, na minha cidade, que não fazia diferente; investindo até na bandidagem. Hoje, eleito pelo povo (ele sempre ganha), ele continua no poder com toda essa simpatia, agradando à todos; independente de crendice ou ficha criminal. Já vi ele doando drogas para os drogados; pinga para os pingaiadas; cigarro para os fumantes; cesta básica para os famintos; remédio para os doentes e emprego para os parentes (dele, é claro). Dizem que “é uma bondade esse hômi!” Vez ou outra ele faz uma boa ação fora de campanha, mas é só para manter a fama de popular. Pra ele, nunca importou a qualidade, e sim a quantidade (quanto mais votante, melhor). Dizem que ele só pede o voto em troca dos favores. Esse infeliz é tão simpatizante (engana trouxa) do povo, que tem gente (trouxa) que até briga quando falam mal (mal não, a verdade) dele. Olha que ele nunca fez nada além do que a sua obrigação, durante toda a sua gestão como edil. Até envolvimentos em falcatruas ele já teve, mas o povo que vota nele não lembra ou nem sabe. Que vantagem essa gente tem com o povo! Até o último dia que votei nele, ele me ajudou. Me dava até dinheiro. Depois que escrevi um artigo num jornal (eu era colunista) dizendo que a partir da próxima eleição eu iria anular meu voto, perdi minha boquinha. Que pena. Isso que dá a gente ser sincero com as pessoas. Daí vem uns e outros me dizer que tenho que votar no menos pior? O que eu ganho com isso? Aliás, o que o povo ganha com a vitória do menos pior? Perde menos, só isso (o Lula é o grande exemplo disso). Mas nunca deixa de perder. Sabe por que? Porque o que interessa pra eles é estar no poder ($$$). Depois, vá reclamar na próxima eleição, porque a democracia é uma palavra bonita de se falar. Na prática ela não funciona. Pelo menos aqui no Brasil é assim.

Comparando estes com outros edis, cheguei a conclusão que “político é tudo igual, só muda a casca da serpente”. Baixa e ouve aí, pra você entender melhor.