quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Racismo de Danilo Gentili

Na madrugada de sábado para domingo passados (26/7), o apresentador do CQC, Danilo Gentili foi um pouco infeliz em algumas de suas postagens, comparando negros com macacos:

Agora no TeleCine KingKong, um macaco q depois q vai p/ cidade e fica famoso pega 1 loira. Quem ele acha q e? Jogador de futebol?”;

Alguem pode me dar 1 explicacao razoavel pq posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa mas nunca um negro de macaco?

“Obrigado pessoal. Vocês conseguiram me prender igual um macaco por denúncias de racismo”. (http://twitter.com/danilogentili)

Curtia esse cara. Depois dessas, quero ver ele explicando seu humor para a ju$tiça (nem vai dar nada, ele é endinheirado). Se os pretos deixarem passar batido, nem adianta reclamar de racismo, depois. Ignorar o racismo é o mesmo que legitimá-lo. Não se corrige um erro com outro. Achar normal uma ofensa num país onde a maioria tem a pele escura é ridículo. Inverter a situação para justificar o erro é pior, ainda. Ser passivo, se calar e achar normal só abre precedentes para mais insultos e generalizações que só assimilam o negro a coisas ruins.

Desde quando podemos chamar “gay de veado, gordo de baleia e branco de lagartixa”? Desde quando associar o físico das pessoas a animais não é ofensivo e preconceituoso? Dúvidas sobre o que é o preconceito? Preconceito é fazer um julgamento antecipado sobre alguém partindo da aparência dela ou de alguma coisa que ela tenha feito. Comparar negros com macacos se trata de um preconceito racial, como pode ser descrito por lei. Vou explicar o porque. Negros não se parecem com macacos porque não somos cobertos de pelo, não pulamos de galho em galho e não somos irracionais. A assimilação do negro ao macaco tem origem nas antigas afirmações de que os negros são menos humanos e menos inteligentes que os brancos. Citar essa comparação é ressuscitar uma antiga idéia errada e preconceituosa.

“Antes que diga ‘Não devemos fazer piadas com negros, nem com gordos, nem com gays, nem com ninguém’ Te digo: Pode colocar meu nome aí nas páginas brancas da sua lista negra, mas te acho chato pra c***”. (http://danilogentili.zip.net/)

Fico feliz em saber que me encaixo no grupo dos “chatos pra c***”, segundo o Gentili, pois não acho a mínima graça de piadas sobre negros, loiras, judeus, gordos, gays e etc. Ofender nunca foi engraçado pra mim. Só seres desprovidos de inteligência gostam de fazer e ouvir piadas nesse sentido. Gentili sempre foi o que menos se destacou no CQC, o mais sem graça. Não é a toa que ainda é um repórter inexperiente. Só apelando assim pra chamar mais atenção, mesmo. Conseguiu. Pena que de forma tão baixa. Escrever algo desse nível na internet é fácil! Queria ver ele ser macho de chamar algum negro de macaco na cara! Espero que pague caro por isso.

O casseta Hélio de La Peña também não achou graça. “Não tenho problemas com piadas de qualquer natureza, desde que elas sejam engraçadas. Não foi o caso”, escreveu La Peña. “Associar o homem preto a um macaco não é novidade no anedotário e causa desconforto aos homens pretos.” (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u601611.shtml)

Comparar um preto com um macaco é um desrespeito ainda muito comum em nossas vidas, tratado com descasos que estimulam mais pessoas a manifestarem seus preconceitos. Não, o preconceito ou o racismo nem sempre são culpas do negro, não. E, para combatê-lo, nós negros não podemos aceitar todas as piadas preconceituosas e manifestações de exclusão a qual sofremos. Como diria Martin Luther King, “o que mais me preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”.

Só pra finalizar, também acho que o termo “raça” deveria ser substituído pelo termo “cor”, já que a raça é humana e nos dividimos por povos originários de diferentes regiões; o que nos tornam diferentes fisicamente. Esse termo, “raça”, só foi inventado para nos dividir. Não podemos esquecer que a principal responsável por todo o preconceito contra negros foi o catolicismo do século XV, que passou a apoiar o escravismo de negros após uma má interpretação bíblica e continua lá, bem quietinha. (http://djdei32.spaces.live.com/blog/cns!19823B0C1076862E!602.entry)

terça-feira, 28 de julho de 2009

E se a Suzane fosse pobre?

Quem ainda não sentiu uma vontadezinha de matar alguém? Eu, depois de ver tanta humilhação, sofrimento, desrespeito e covardia, confesso que já senti, mas não fiz porque tenho muito a perder; não fui educado pra isso. Matar um estranho, mesmo que seja por legítima defesa, não faz parte da natureza de um ser humano. Depois de um assassinato, o réu nunca mais será o mesmo, psicologicamente falando. Agora, imagina um filho que planeja a morte dos próprios pais, por mais mau caráter que eles possam ser! Foi o que aconteceu com a “patricinhaSuzane Von Richthofen. Digo “patricinha”, pelo fato dela ter de tudo nas mãos e não ter valorizado nada do que tinha. Esse é o característico de toda a “patricinha”, “playboy” (pra não falar filhinho mimado de papai), etc... Ela fez isso junto com o namorado e o cunhado, em 2002, para se apossarem da fortuna dos velhos. Foi presa e já está prestes a sair. Foi beneficiada com regime semiaberto. E o namorado e o cunhado? Ah, eles são pobres. Vão ficar mais um tempo guardados. Infelizmente no Brasil é assim; quando o rico mata, é arriscado o defunto ir pra cadeia. Se você é pobre, nem pensa em cair nessas besteiras. O pobre vai pra cadeia pobre e sai de lá mais pobre, ainda. Quem se diverte com isso, enquanto o criminoso pobre chora, são só os advogados criminais.